Dicas de Saúde

Já ouviu falar em Retinoblastoma?

Retinoblastoma é o câncer ocular mais comum da infância. Ele ocorre nas células da retina que se localizam no fundo do olho. É um tumor raro que ocorre em 01 a cada 15 mil crianças e estima-se que afeta de 250 a 300 crianças a cada ano nos Estados Unidos. No mundo, aproximadamente 5 mil crianças são acometidas por ano.

O retinoblastoma afeta igualmente meninos e meninas de todas as raças. A doença afeta apenas um olho em 70% dos casos, e ambos os olhos em 30% das crianças. Em algumas situações, há uma história familiar em um parente ou mesmo os próprios pais já foram acometidos. Mas, na maioria dos casos, não há outro membro da família que tenha o tumor.

A causa do retinoblastoma é desconhecida. Não parece estar relacionada à nutrição, tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas ou qualquer outra doença materna na gravidez. Não está relacionada, também, a toxinas do ambiente. O tumor pode surgir em uma criança saudável e que tenha nascido com boas condições de saúde.

O retinoblastoma surge de uma célula única da retina doente e é invisível no início do desenvolvimento. Mais tarde, uma pequena lesão branca é observada na retina, mas não é visível aos pais e também não afeta a criança nesta fase. Com o passar do tempo, o tumor cresce e forma uma lesão branca vascularizada, o que leva a baixa de visão e pode se manifestar por um desvio nos olhos (estrabismo) ou então num reflexo branco da pupila, bem como outros sintomas.

Uma vez que há a suspeita de retinoblastoma, é necessário realizar uma avaliação oftalmológica completa, sob dilatação da pupila, que inclui o exame de fundo de olho. É necessária, também, uma avaliação clínica feita pelo pediatra ou oncopediatra, que inclui o exame físico, tomografia ou ressonância magnéticas e de órbitas, exames de sangue, análise da medula óssea, entre outros, com o objetivo de detectar sinais de câncer que possa ter espalhado pelo organismo da criança.

O diagnóstico é feito pelo exame clínico, seguido de estadiamento através do exame sob narcose. O exame de ultrassom ocular confirma o diagnóstico do retinoblastoma e determina sua espessura ou altura.

A escolha do tratamento é individualizada para cada criança e vai depender da avaliação médica, do tamanho da lesão, da localização, da idade, se o olho contralateral também está comprometido e das condições sistêmicas. Os tratamentos disponíveis são: quimiorredução, radioterapia com placa, radioterapia com feixe externo, enucleação, termoterapia, fotocoagulação com laser e crioterapia. O principal objetivo do tratamento é salvar a vida da criança, assim como manter a estrutura do olho, preservar a visão e também manter o aspecto estético do olho.

Para qualquer doença ocular, o diagnóstico precoce e o tratamento realizado no melhor momento por um oftalmologista experiente, é a melhor abordagem. É importante trazer a criança no primeiro ano de vida para uma consulta oftalmológica de rotina para detectar alterações que são relativamente comuns, como erros refrativos (miopia, hipermetropia ou astigmatismo), estrabismo, ambliopia (visão preguiçosa), alterações do canal da lágrima e, muito raramente, um tumor ocular.

Fonte: Portal dos Olhos